segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Que Horas São em Paris? | Tsai Ming-liang | 3.3 | 16h


Que Horas São em Paris?, de Tsai Ming-liang
Cineclube do Barreiro
Domingo, 3 de Março, 16h
Entrada livre


Título internacional: What Time Is It There?
De: Tsai Ming-liang
Género: Drama
Classificação: M/12
Taiwan, 2001, Cor, 110 min.

Elenco
Lee Kang-sheng, Chen Shiang-chyi, Lu Yi-ching, entre outros

Sinopse
Do aclamado realizador Tsai Ming-liang chega-nos a história peculiar de Hsiao Kang, que vende relógios nas ruas de Taipé para ganhar a vida. Poucos dias depois da morte do seu pai, ele encontra Shiang-chyi, uma jovem que parte para Paris no dia seguinte.
Ela convence-o a vender-lhe o relógio dele, o qual tem dois mostradores, para ela poder manter a hora de Taipé, bem como a hora local, durante a viagem que vai fazer. Preocupado com o comportamento da sua mãe, que reza constantemente para que o espírito do seu falecido marido regresse, Hsiao Kang refugia-se na memória do seu breve encontro com Shiang-Chyi.
Num esforço para colmatar a distância entre eles, percorre a cidade a acertar todos os relógios de Taipé com a hora de Paris. Enquanto isso, em Paris, Shiang-Chyi depara-se com acontecimentos que parecem estar misteriosamente ligados a Hsiao Kang.

Tsai Ming-liang
Com Edward Yang e Hou Hsiao-hsien, Tsai Ming-liang tornou-se um dos realizadores mais proeminentes de Taiwan durante a década de 1990. Os seus filmes têm surgido regularmente em festivais em todo o mundo, sempre muito elogiados pela crítica. Nascido na Malásia, em 1957, mudou-se para Taiwan e formou-se na Chinese Culture University em 1982. Nos dez anos seguintes trabalhou em teatro e escreveu guiões para filmes e televisão. Lançou a sua primeira longa-metragem em 1992, Rebels of the Neon God, que, devido às suas representações de uma juventude descontente, lhe rendeu comparações com Fassbinder. Além de Fassbinder, Tsai é também bastante influenciado por François Truffaut. O seu estilo é diferente do estilo do seu ídolo Truffaut. Porém, tal como os seus conterrâneos e Yang e Hou, Tsai prefere planos longos, alguns close-ups e pouco diálogos. Assim, tal como outra de suas influências, Michelangelo Antonioni, ele tem mostrado um imenso talento para posicionar a câmara exactamente no ponto certo, deixando a acção desenrolar-se à sua frente.
Rebels of the Neon God viria a tornar-se um modelo para o resto de seus filmes. Todos eles são, de alguma forma, sobre a solidão e desenrolam-se sobre uma ténue linha entre a tristeza profunda e humor inexpressivo.
Tsai recebeu, entre outros galardões, o prémio FIPRESCI no Festival de Cannes de 1998, pelo filme The Hole, o Urso de Prata no Festival de Berlim de 1996, por The River, e o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza de 1994, por Vive L'Amour.

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