Que
Horas São em Paris?, de Tsai Ming-liang
Cineclube do Barreiro
Domingo, 3 de Março, 16h
Entrada livre
Título
internacional: What Time Is It There?
De: Tsai Ming-liang
Género: Drama
Classificação: M/12
Taiwan, 2001, Cor, 110 min.
Elenco
Lee Kang-sheng, Chen Shiang-chyi,
Lu Yi-ching, entre outros
Sinopse
Do
aclamado realizador Tsai Ming-liang chega-nos a história peculiar de Hsiao
Kang, que vende relógios nas ruas de Taipé para ganhar a vida. Poucos dias
depois da morte do seu pai, ele encontra Shiang-chyi, uma jovem que parte para Paris
no dia seguinte.
Ela
convence-o a vender-lhe o relógio dele, o qual tem dois mostradores, para ela
poder manter a hora de Taipé, bem como a hora local, durante a viagem que vai
fazer. Preocupado com o comportamento da sua mãe, que reza constantemente para
que o espírito do seu falecido marido regresse, Hsiao Kang refugia-se na
memória do seu breve encontro com Shiang-Chyi.
Num
esforço para colmatar a distância entre eles, percorre a cidade a acertar todos
os relógios de Taipé com a hora de Paris. Enquanto isso, em Paris, Shiang-Chyi
depara-se com acontecimentos que parecem estar misteriosamente ligados a Hsiao
Kang.
Tsai Ming-liang
Com Edward Yang e Hou Hsiao-hsien, Tsai Ming-liang tornou-se
um dos realizadores mais proeminentes de Taiwan durante a década de 1990. Os
seus filmes têm surgido regularmente em festivais em todo o mundo, sempre muito
elogiados pela crítica. Nascido
na Malásia, em 1957, mudou-se para Taiwan e formou-se na Chinese Culture University
em 1982. Nos
dez anos seguintes trabalhou em teatro e escreveu guiões para filmes e
televisão. Lançou
a sua primeira longa-metragem em 1992, Rebels
of the Neon God, que, devido às suas representações de uma juventude
descontente, lhe rendeu comparações com Fassbinder. Além
de Fassbinder, Tsai é também bastante influenciado por François Truffaut. O
seu estilo é diferente do estilo do seu ídolo Truffaut. Porém, tal como os seus
conterrâneos e Yang e Hou, Tsai prefere planos longos, alguns close-ups e pouco diálogos. Assim,
tal como outra de suas influências, Michelangelo Antonioni, ele tem mostrado um
imenso talento para posicionar a câmara exactamente no ponto certo, deixando a
acção desenrolar-se à sua frente.
Rebels of the
Neon God viria a tornar-se um modelo para o resto de seus filmes. Todos
eles são, de alguma forma, sobre a solidão e desenrolam-se sobre uma ténue
linha entre a tristeza profunda e humor inexpressivo.
Tsai
recebeu, entre outros galardões, o prémio FIPRESCI no Festival de Cannes de 1998,
pelo filme The Hole, o Urso de Prata
no Festival de Berlim de 1996, por The River,
e o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza de 1994, por Vive L'Amour.
Sem comentários:
Enviar um comentário