Guerra ou Paz,
de Rui Simões
Cineclube
do Barreiro
Domingo,
27 de Abril, 18h
Realização:
Rui Simões
Género:
Documentário
Língua
original: português
Classificação:
M/12
Portugal,
2014, cor, 97 min.
Com
António
Setas, Arlindo Barbeitos, Cláudio Torres, João Freire, José Mena Abrantes, Luís
Cília, Manuel dos Santos Lima, Manuela Torres, Rui Simões, Vasco de Castro.
Participação especial: Eduardo Lourenço;
Carta ao 1.º ministro: Myriam Zaluar.
Carta ao 1.º ministro: Myriam Zaluar.
Sinopse
Entre 1961 e 1974, 100 mil
jovens portugueses partiram para a guerra nas ex-colónias. No mesmo período,
outros 100 mil saíram de Portugal para não fazer essa mesma guerra.
Em relação aos que fizeram a
guerra, já muito foi dito, escrito, filmado. Em relação aos outros, não existe
nada, é uma espécie de assunto tabu na nossa sociedade.
Que papel tiveram esses
homens que «fugiram à guerra» na construção do país que somos hoje? Que
percursos fizeram? De que forma resistiram?
Esta é a história que 'Guerra ou Paz' pretende contar: a dos jovens
que se recusaram a participar numa guerra que não sentiam como sua, sem pôr em
questão o seu amor à Pátria. Se há a figura do Soldado Desconhecido, este filme
pretende retratar esse outro Homem Desconhecido que recusou ser soldado.
Mais informação em http://guerraoupaz-2010.blogspot.pt.
Rui Simões
(pelo
próprio, em http://cargocollective.com/ruisimoes/biografia)
«Nasci
em Lisboa, na Primavera de 1944. Comecei a trabalhar muito novo, e, correndo
pelas ruas de Lisboa, levava barras de ouro para entregar às joalharias da
cidade. Quando voltava, cobrava os recibos e passava pelos bancos para os
depositar. Aos 15 anos já tinha visto muito ouro e decidi mudar o meu ramo de
trabalho. Fiz as primeiras páginas amarelas e fiz ballet no Teatro de São
Carlos, onde me apaixonei pelas pernas de uma bailarina, depois entrei no
negócio da publicidade por conta própria, e no rock and roll. Foram os anos
gloriosos da banda Sheiks. Casei com a bailarina, fugi da guerra colonial, e em
1967 nasceram os meus filhos, Laurent e Alexandre, na cidade de Bruxelas.
Refugiado das Nações Unidas, estudei Ciências Sociais, História e Cinema.
Fui
estafeta, dactilógrafo, empregado de escritório, chefe de departamento,
tipógrafo, atleta, agente comercial, vendedor de carros, dançarino, publicitário,
manager musical, empregado de metalurgia, lavador de janelas, vendedor de
perfumes, babysitter, pintor, garçon de café e restaurante, animador de clube,
bancário, bibliotecário, projeccionista de filme, fotógrafo de praia, fotógrafo
de cena, motorista, revolucionário, situacionista, libertário, viajante,
vendedor de livros, assistente humanitário, assistente de realização, director
de produção, assistente de edição, técnico de som, operador de câmara, manager
comercial, modelo, programador musical, director de imagem, jurado de concursos
de beleza públicos e privados, treinador, professor, actor, fundador da divisão
portuguesa da Amnistia Portuguesa, entre muitas outras coisas. Recebi muitos
prémios e críticas, fui estudado e analisado, mas, por agora sou realizador e
produtor de cinema, e pai da Alice, Carolina, Alexandre e Laurent.
Entre
os anos de 1980 e 2002 não recebi nenhum apoio à produção de filmes do
Instituto Português de Cinema, embora tenha apresentado projectos para quase
todas as competições de ficção e documentário. Foram 22 anos de castigo, sou
português.»
Filmografia
detalhada de Rui Simões em www.curtas.pt/agencia/realizadores/1009/.
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