segunda-feira, 11 de abril de 2016

Operação Angola: Fugir para Lutar, de Diana Andringa

Operação Angola: Fugir para Lutar, de Diana Andringa
A assinalar os 42 anos do 25 de Abril
23 de Abril | 17h

Cine Clube do Barreiro


Operação Angola: Fugir para Lutar
De: Diana Andringa
Género: Documentário
Classificação: M/12
Portugal e Moçambique, 2015, cor, 120 min.

Sinopse
Em Junho de 1961, cerca de 60 estudantes das então colónias portuguesas – entre os quais os ex-presidentes de Cabo Verde e Moçambique, Pedro Pires e Joaquim Chissano, e os ex-primeiros-ministros de Angola e Moçambique, Fernando Van Dunen e Pascoal Mocumbi – fugiram clandestinamente de Portugal, onde se encontravam, para escapar à repressão pela polícia política da ditadura portuguesa, a PIDE, evitar a mobilização militar ou juntar-se aos movimentos de libertação.
A fuga coletiva foi levada a cabo com o apoio do Conselho Mundial das Igrejas e a participação ativa de uma organização ecuménica radicada em França, a CIMADE. Foram jovens protestantes norte-americanos que, seguindo diretivas da CIMADE, conduziram os fugitivos de Lisboa, Coimbra e Porto para França, atravessando a Espanha franquista, onde chegaram a ser presos.
O documentário Operação Angola – nome de código dado à missão – refez essa viagem, com dois desses protestantes norte-americanos – Charles Roy Harper, Chuck, que os conduziu em Portugal e Bill Nottingham, que os conduziu em Espanha – e o angolano Miguel Hurst, ator e filho de um dos casais participantes na fuga - Jorge e Isabel Hurst – introduzindo, ao longo da viagem, descrições feitas por vários outros fugitivos em entrevistas realizadas em 2011, em Cabo Verde.

Nota de intenções da realizadora
Quando, há 25 anos, ouvi pela primeira vez o relato da fuga dos jovens africanos que, em 1961, estudavam em Lisboa, pensei de imediato em contá-la em filme. Talvez porque os que a contavam o faziam com abundância de pormenores, fossem sobre o contacto para a fuga ou sobre a travessia do rio Minho, pela calada da noite, de um grupo incluindo casais com filhos pequenos e mulheres grávidas, a prisão em Espanha ou o aroma do perfume usado pelo inspetor SacheJ, da PIDE/DGS, ao entrar no café de Coimbra, onde preparavam, com os homens da organização ecuménica CIMADE, a saída do país, dando à fuga os ingredientes de um filme de aventuras: a clandestinidade, a organização, os transportes, o suspense, a prisão quase à beira do objetivo, a salvação e também uma irónica intriga internacional, envolvendo marxistas africanos, igrejas protestantes e governos estrangeiros de três continentes.

Diana Andringa
Diana Andringa é uma jornalista portuguesa, nascida em Angola em 1947. Vinda ainda criança para Portugal, ao terminar o liceu inscreve‐se na Faculdade de Medicina de Lisboa. Ativista na imprensa associativa estudantil, troca a Medicina pelo Jornalismo e, em 1968, entra para a revista Vida Mundial, da qual sai no âmbito de uma demissão coletiva. Desempregada, trabalha como copywriter de publicidade. Presa pela polícia política em Janeiro de 1970, é condenada a 20 meses de prisão. Regressa depois ao jornalismo. Entre 1972 e 1973 vive em França, onde frequenta o curso de Sociologia da Universidade de Vincennes, que não termina. Após o 25 de Abril de 1974 regressa à Vida Mundial e, em 1978, entra para a RTP, onde, anos mais tarde, se inicia no documentário. Atualmente é documentarista independente.

Filmografia
1979 – “A Década das Vacas Magras”
1985 – “Iraque, o país dos dois rios”
1989/92 – “Geração de 60”, série documental de 6 programas de 50’
1993 – “O Caso Big Dan’s, Violação numa comunidade portuguesa”
1996 – “Vergílio Ferreira: retrato à minuta”, “Corte de Cabelo: História de amor, Lisboa, anos 90”, “Fonseca e Costa: A descoberta da vida, da luz e da liberdade, também”, “David Mourão-Ferreira: retrato com palavras”, “Rómulo de Carvalho e o seu amigo António Gedeão”
1997 – “António Ramos Rosa: Estou vivo e escrevo Sol”, “Jorge de Sena: uma fiel dedicação à honra de estar vivo” e “José Rodrigues Miguéis: um homem do povo na história da República”
1999 – “China, 1999: Retrato em Movimento”
2001 – “Em demanda do Grão-Cataio ou Reinos do Tibete” (co--‐autoria de Alfredo Caldeira), “Da Matemática como Arte da Diplomacia” e “Observatório de Pedra”
2002 – “Timor--‐Leste: O sonho do crocodilo”
2005 – “Era uma vez um arrastão”, documentário colectivo; “Este é o nosso sangue, a nossa vida”, vídeo de 30’ para o Museu e Arquivo da Resistência, Dili, Timor Leste
2006 – “Regresso ao País do Crocodilo”
2007 – “As duas faces da guerra”, coautoria e corealização, com o cineasta guineense Flora Gomes
2009 – “Dundo, memória colonial”
2010 – “Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta”
2015 – “Operação Angola: Fugir para lutar”

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Pára-me de repente o pensamento, de Jorge Pelicano

Pára-me de repente o pensamento, de Jorge Pelicano
10 de Abril | 17h

Cine Clube do Barreiro


Pára-me de repente o pensamento
De: Jorge Pelicano
Género: Documentário
Classificação: M/12
Portugal, 2014, cor, 98 min.

Sinopse
Cigarrinho, cafezinho. Moedinha, outro cafezinho. Utentes vagueiam pelos corredores. Circulam sós. Dormitam nos bancos do jardim. A espera. Mais uma passa, um cigarro que morre. Vive-se a duas velocidades no hospital psiquiátrico Conde de Ferreira, no Porto. Ora momentos de inércia, ora ápices de euforia.
Do mundo exterior chega um ator que procura a sua personagem para uma peça de teatro sobre a loucura. Miguel Borges submerge no mundo interior dos esquizofrénicos. Os utentes ajudam-no a construir o personagem. No meio da névoa, o ator dá de caras com os poemas do poeta louco Ângelo de Lima. Depois desse encontro, o personagem nasce.

Prémios
Grande Prémio do festival, Caminhos do Cinema Português, Coimbra 2014
Prémio do Público, Caminhos do Cinema Português, Coimbra 2014
Prémio Melhor Realizador, Caminhos do Cinema Português, Coimbra 2014
Prémio Signes, International Festival Siges de Nuit, Paris, 2014

Jorge Pelicano
Jorge Pelicano nasceu na Figueira da Foz em 1977. É licenciado em Comunicação e Relações Públicas e pós-graduado em Comunicação e Jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi repórter de imagem da SIC Televisão de 2001 até 2012.
Estreou-se no documentário com “Ainda há pastores?” (2006) com o qual ganhou mais de uma dezena de prémios nacionais e internacionais. “Pare, Escute, Olhe” (2009), sobre a desativação da linha ferroviária do Tua, foi outro documentário igualmente premiado.
Em 2012 Jorge Pelicano foi um dos criadores e realizador da série de documentários "Momentos de Mudança", um programa que quebrou o formato tradicional do jornalismo televisivo através da introdução do conceito de jornalismo cinematográfico. É igualmente um dos autores do livro “Câmara de reflexão – Uma imagem, mil palavras”, publicado pela Plátano Editora em 2010.
Desde Fevereiro de 2013 que desenvolve o seu trabalho como realizador de documentários na produtora Até ao Fim do Mundo.

Powaqqatsi: Life in Transformation | Open Day 4.0, da ADAO

O Cine Clube volta a participar no Open Day da ADAO, deste feita com a exibição do documentário de Godfrey Reggio Powaqqatsi: Life in Transformation



Sinopse:
Powaqqatsi: Life in Transformation é um documentário norte-americano lançado em 1988, realizado por Godfrey Reggio.
É o segundo filme da trilogia Qatsi, composta pelos documentários Koyaanisqatsi (1983) e Naqoyqatsi (2002). Como os restantes filmes da trilogia, não são apresentadas narrativas ou diálogos durante todo documentário. Apenas no final é revelado o significado do nome powaqqatsi.

Mais informações sobre o documentário em http://en.wikipedia.org/wiki/Powaqqatsi.

Todas as informações sobre a programação do Open Day 4.0 em www.facebook.com/events/594796144022865/.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Good Things Await, de Phie Ambo

Good Things Await, de Phie Ambo
A APORDOC, no âmbito da parceria europeia Moving Docs, e o Cine Clube do Barreiro apresentam o documentário Good Things Await, dedicado às temáticas da alimentação, da ecologia e do ambiente sustentável
13 de Dezembro | 17h
Cine Clube do Barreiro



Good Things Await
De: Phie Ambo
Género: Documentário
Classificação: M/12
Dinamarca, 2014, cor, 96 min.

Sinopse
Niels Stokholm é um dos agricultores mais idealistas da Dinamarca. Cuida de uma quinta biodinâmica com a sua mulher, Rita, e a partir dessa quinta, Thorshøjgaard, distribuem produtos para alguns dos melhores restaurantes do mundo. Mas nem todos apreciam Thorshøjgaard e os métodos holísticos aí empregues. As autoridades e a burocracia ameaçam fechar a quinta. Phie Ambo acompanha a sua luta para garantir que eles não são os últimos a praticar a agricultura desta maneira, mas sim uns dos primeiros.

Todas as informações biográficas e filmográficas sobre Phie Ambo em http://danishdocumentary.com/directors/phie-ambo.

Moving Docs é uma parceria fundada para a distribuição conjunta de documentários através da Europa.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Borderline, os muros da Europa, de Stefano Liberti| Conversa com Nuno Ramos de Almeida

Borderline, os muros da Europa, de Stefano Liberti| Conversa com Nuno Ramos de Almeida
Última exibição do ciclo ‘Fronteiras e Circulação’ – http://ccbarreiro.blogspot.pt/2015/10/ciclo-fronteiras-e-circulacao.html –, seguida de conversa com o jornalista Nuno Ramos de Almeida
6 de Dezembro | 17h

Cine Clube do Barreiro


Borderline, os muros da Europa
De: Stefano Liberti
Género: Seis mini-documentários/reportagens
Classificação: M/12
Legendagem em inglês, 2015, cor, cerca de 35 min.

Sinopse
Durante o ano de 2015, o jornalista italiano Stefano Liberti (http://it.wikipedia.org/wiki/Stefano_Liberti) produziu um conjunto de seis mini-documentários/reportagens em diversos pontos de entrada de migrantes na Europa: Espanha, Itália, Mediterrâneo, Turquia, França e Bulgária. Os seis vídeos, apoiados pela ONG norte-americana Open Society Foundations (http://www.opensocietyfoundations.org), constituem um testemunho impressivo do modo como, diariamente, milhares de pessoas encontram um verdadeiro muro nas fronteiras europeias.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

57.º aniversário do Cine Clube do Barreiro | Outras Cartas ou o Amor Inventado, de Leonor Noivo

A 25 de Novembro passarão 57 anos sobre a fundação do Cine Clube do Barreiro. A data será assinalada com diversas iniciativas no próximo dia 29 de Novembro, incluindo, a partir das 16h, a exibição do filme Outras Cartas ou o Amor Inventado’, de Leonor Noivo. A entrada é livre.


Outras Cartas ou o Amor Inventado
De: Leonor Noivo
Género: Documentário
Classificação: M/12
Portugal, 2012, cor, 51 min.

Sinopse
‘Outras Cartas ou o Amor Inventado’ parte da obra literária colectiva das três Marias, escrita nos anos 1970, e serve-se dela como pretexto para um pequeno inventário, um processo ou um estudo para encontrar algo que não tem absoluto alcance, que está sempre em movimento, que nunca se detém, em nenhuma vida, em nenhuma época. O amor é um caso complexo e de várias partes, com aspectos espalhados, dispersos e de difícil encaixe, mas essa constatação continua a não ser suficiente, sendo contudo comum a urgente necessidade de o compreender.

Consultar biografia e filmografia de Leonor Noivo em http://vimeo.com/leonornoivo.